As mudanças no mercado das escolas de inglês

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Todo mundo já estudou ou conhece alguém que tenha estudado em alguma das famosas franquias de inglês no Brasil, também chamadas de “escolas tradicionais”.

Há todo o tipo de opinião diferente sobre elas. Normalmente, essas escolas recebem diversos tipos de crítica.

Elas, na verdade, foram responsáveis pela democratização no ensino de inglês no país.

Antes delas, somente aqueles que viajavam ao exterior para fazer intercâmbios caríssimos eram capazes de se expressar em inglês.

Desde os anos 80, franquias como Wizard, Yázigi, CCAA, Cultura Inglesa e várias outras se espalharam pelo país até que toda pequena cidade tivesse acesso ao ensino de uma segunda língua.

Todavia, o modelo de negócios adotado pelos grandes players do mercado parece estar fadado ao fim.

Mas como funciona esse modelo?

Bem, com algumas diferenças aqui e ali, elas adotam praticamente o mesmo plano de negócios: um franqueado adquire o direito de uso da marca em uma determinada cidade ou região e, a partir daí, obriga-se a adquirir o material didático do franqueador.

O franqueado obtém seu lucro das mensalidades pagas pelos alunos, já o franqueador, em cima dos materiais vendidos.

Algumas franqueadoras também cobram royalties, que são normalmente um percentual sobre o lucro das mensalidades.

Era um negócio bastante lucrativo para ambas as partes. O valor de investimento do franqueado em livros didáticos, no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, ficava em aproximadamente 20% de seu faturamento.

Todavia, com o passar dos anos e ingresso de novas escolas no mercado, os franqueados não conseguiram aumentar o preço de suas mensalidades devido à alta concorrência; e o valor do material didático vendido pelas franqueadoras foi ficando cada vez mais caro.

Hoje, há livros didáticos sendo vendidos a mais de mil reais.

Assim, a fatia dos franqueadores chega, em alguns casos, a mais de 40% do faturamento bruto das escolas, o que causou o fechamento de várias delas.

É possível aprender inglês em escolas tradicionais?

A resposta é sim. Hoje, a maioria das pessoas que falam inglês no Brasil aprendeu justamente nessas escolas.

Todavia, é necessário dizer as metodologias dessas escolas foram criadas há 30 ou 40 anos, em uma época em que não havia tanto acesso à internet.

Assim sendo, é comum que sejam métodos mais lentos e que tenham perdido a conexão com o público de hoje.

É comum encontrar cursos que levem até 10 anos para chegarem ao fim. Isso gera frustração e a sensação de não estar aprendendo de fato.

Outra questão é o valor cobrado por essas escolas. Normalmente, as mensalidades variam de R$ 200,00 a R$ 500,00 a depender da escola e da região.

O advento dos cursos on-line

Hoje, com o grande número de cursos on-line de boa qualidade, a situação das grandes escolas de idiomas é ainda mais difícil.

Há bons cursos no mercado sendo oferecido pelo preço de uma única mensalidade de escolas tradicionais no país.

Além do preço (obtido pela escala nas vendas), há a comodidade de fazer as aulas diretamente do sofá da sala de estar. Ou seja, não há dor de cabeça com trânsito, estacionamento, horário, faltas e nem mesmo com um eventual mau-humos do professor.

Na Beway, por exemplo, você ainda pode fazer aulas ao vivo e individuais por preços bem convidativos.

Eu diria que, hoje em dia, com exceção do público infantil, não há mais razão para se fazer aulas de inglês presenciais. On-line, você pode estudar nos horários que escolher e com qualidade invejável.

O futuro das escolas tradicionais

Hoje, o futuro das grandes franquias de inglês do país está em xeque.

Se, por um lado, elas precisam se atualizar e encontrar conexão via on-line com o público, por outro elas ainda estão presas contratualmente com seus franqueados.

Há várias dessas escolas que tentam vender seus produtos on-line, colocando as escolas franqueadas como um local de venda ou de aulas presenciais complementares.

O valor cobrado, para contentar os franqueados, também deve ser mais alto.

Além disso, o valor do material didático – principal fonte dos lucros das franqueadoras – é abusivo.

Resta saber se alguma delas conseguirá se adaptar e sobreviver no futuro.

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